terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vejam este vídeo:
É uma paródia aos funks que tem por aí:

http://www.youtube.com/watch?v=NHinweAqbsA

O Funk

O FUNK

O Funk é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo e Melvin Parker.

O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo sincopado, pela densa linha de baixo, pelo ritmo das guitarras, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou os Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante, e a forte influência do jazz (como exemplos, as músicas de Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris e outros).


Origem do funk
Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk a música com um ritmo mais suave. Posteriormente passaram a denominar assim aquelas com um ritmo mais intenso, agitado, por causa da associação da palavra "funk" com as relações sexuais (a palavra funk também era relacionada ao odor do corpo durante as relações sexuais). Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs) e principalmente dançantes. Funky era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a "apimentar" mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!”(algo como "coloque mais 'funk' nisso!"). Num jazz de Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia.

Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando "funk" e "funky" eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas.

A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues. Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se. O funk se torna assim uma mistura do soul, do jazz e do R&B.


Década de 1970 e atualidade
Nos anos 70, George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais pesado, influenciado pela psicodelia. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como 'Funkadelic-Parliament'. O surgimento do Funkadelic-Parliament deu origem ao chamado P-Funk', que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.

Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 incluem: B.T. Express, Commodores, Earth Wind & Fire, War, Lakeside, Brass Construction, Kool & The Gang, Chic, Fatback, The Gap Band, Zapp, Instant Funk, The Brothers Johnson, Skyy, e músicos/cantores como Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis Blow (um dos precursores do rap), e os popstars Michael Jackson e Prince.

Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida em que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force. A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music.

Nesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Miami Bass, DEF, Funk Melody e o Freestyle que também faziam grande uso de samplers e baterias eletrônicas. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.

Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal, uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal e a batida do funk, em grupos brancos como Red Hot Chili Peppers e Faith No More.



O funk no Rio de Janeiro


O funk ganhou espaço na mídia brasileira há pouco mais de uma década, embora sua história tenha quase trinta anos. O nascimento deste ritmo, como a de muitos outros no Brasil, está intimamente ligado aos Estados Unidos. O pianista norte-americano Horace Silver, na década de 60, pode ser considerado o pai do funk. Silver uniu o jazz à soul music e começou a difundir a expressão "funk style". Nesta época, o funk ainda não tinha a sua principal característica: o swing. Foi com James Brown que o estilo tornou-se dançante e ganhou o mundo. A soul music foi trazida ao Brasil por cantores como Gerson King Combo, que lançou em 1969 o disco Gerson Combo Brazilian Soul, com sucessos brasileiros como Asa Branca executados com a batida importada dos Estados Unidos. Tim Maia, Carlos Dafé e Tony Tornado também começaram a tocar sucessos do soul e adotaram a atitude e o estilo americanos do Black Power, fundando o movimento Black Rio. A grande musa da época era a paulistana Lady Zu. Na década de 70 surgiram as primeiras equipes de som no Rio de Janeiro, como a Soul Grand Prix e a Furacão 2000, que organizavam bailes dançantes. Os primeiros bailes eram feitos com vitrolas hi-fi e as equipes foram, aos poucos, crescendo e comprando equipamentos melhores.

A partir da década de 80, o funk no Rio foi influenciado por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas. A partir de 1989, quando os bailes começaram a atrair cada vez mais pessoas, foram lançadas músicas em português. As letras retratavam o cotidiano dos freqüentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas. Na época, o funk falava sobre as drogas, as armas, os comandos, mas artistas desta fase, como Claudinho e Buchecha, evoluíram para outros tipos de tema. Ao mesmo tempo que as músicas abordavam o cotidiano das classes baixas, alguns bailes começaram a ficar mais violentos e ser palco de "brigas de galeras", onde pessoas de dois lugares dividiam a pista em duas e quem ultrapassasse as fronteiras de um dos "lados", era agredido pela outra galera. A pressão da polícia, da imprensa e a criação de uma CPI na Assembléia do Rio de Janeiro em 1999 e 2000 acabaram com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo que as músicas se tornaram mais dançantes e as letras, mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o new funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o Carnaval baiano.

Recentemente o Funk tem se firmado como o ritmo mais ouvido e o mais influenciador da juventude carioca. Do morro ao asfalto o Funk conseguiu de uma maneira não muito usual, integrar as classes cariocas, tão grotescamente divididas na geografia da cidade. Ao falar sobre a realidade e atual situação do Rio de Janeiro de maneira irreverente e muitas vezes criminosa, curiosamente o Funk caiu nas graças da massa jovem. Seu ritmo envolvente e batida forte também contribuíram para essa adoração. Algumas letras eróticas e de duplo sentido também revelam uma criatividade e liberdade de expressão não comuns a outros estilos musicais no Brasil. O Funk ganha cada vez mais espaço fora do Rio e ganha reconhecimento internacional, sendo eleito umas das grandes sensações do verão europeu em 2005 e ser base para um hit de sucesso da cantora MIA, "Bucky Done Gun". Com o nascimento de novas equipes de Funk e rádios de Funk, além do interesse cada vez maior nos bailes por parte da classe média, principalmente o baile do castelo das pedras, em Rio das Pedras, Zona Oeste, controlado por milícias cariocas e fora da atuação do tráfico de drogas, o Funk vem se firmando como um ritmo forte e crescente, sofrendo o mesmo processo de preconceito do samba, em seu início, nas também periferias e favelas cariocas.

O funk carioca muitas vezes faz apologia as drogas e a violência, por outro lado tem músicas feitas para falar da dificuldade que as pessoas da favela passam.O funk por muito tempo foi considerado música feita para periferia, hoje em dia muitos jovens de todas as classes, gostam e curtem a batida do funk.
Em 2009 foi aprovado pela Assembleia legislativa do Rio de Janeiro um projeto de lei que torna o Funk movimento cultural e musical de caráter popular.

Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/rj/rio_de_janeiro/Funk.htm

domingo, 7 de novembro de 2010

HIP HOP

O HIP HOP

O termo Hip Hop foi estabelecido por volta de 1968 pelo negro Áfrika Bambaataa, inspirado em duas movimentações cíclicas.

A primeira delas estava na forma cíclica pela qual se transmitia a cultura dos guetos norte-americanos. A segunda estava justamente na forma de dançar mais popular na época, ou seja, saltar (hop) movimentando os quadris (hip). Era um convite à festa.

Áfrika Bambaataa estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura hip hop: O Rap, o DJ, a breakdance e o grafite (Graffiti).

O HIP HOP NO BRASIL

O Hip Hop, no Brasil, inicia-se na década de 1980 e a cidade de São Paulo apresenta - se como o principal centro desse movimento no país. O primeiro elemento a tornar-se conhecido, enquanto parte do Hip Hop, foi o break, por intermédio, em grande parte, dois filmes: Beat Street e FlashDance. O primeiro, produzido por Sidney Portier em 1984, mostrava a cultura Hip Hop como um estilo de vida, e possuía participação de dançarinos famosos como os da New York Breakers.
O segundo, produto típico da mídia hollywoodiana, em uma de suas cenas, mostra uma batalha de break. Os primeiros dançarinos de break reuniam-se na Estação São Bento de metrô em São Paulo e ali entre palmas ritmadas, batidas em latas e beat box criavam-se os primeiros MCs de RAP que logo criariam um território próprio, a praça Roosevelt, berço da primeira posse brasileira, o Sindicato Negro. As primeiras letras de RAP eram bem mais ingênuas dos que as atuais, predominava o chamado “RAP estorinha”, sem muita consciência crítica. Com a crescente organização dos dançarinos de break e rappers, surgem oportunidades de gravar músicas em coletâneas históricas do RAP nacional como:
“Ousadia do RAP”, pela Kaskatas, “O Som das Ruas”, primeiro LP lançado pela Chic Show, “Situation RAP”, pela FAT Records, “Consciência Black” (que lançou os Racionais), da Zimbabwe, em 1988, seguidos pelo famoso “Cultura de Rua”, da Eldorado. Muitas dessas gravadoras surgiram das equipes de som que organizavam os bailes black desde a década de 70.

Uma das primeiras letras de RAP que abordavam um tema crítico-social foi Homens da Lei de Thaide e DJ Hum, que falava sobre a violência policial em São Paulo, em Osasco e ABC paulista. Já no final da década de 1980, os rappers começaram a produzir letras conscientes, versando sobre o racismo, a pobreza, as injustiças sociais. Coincidia com este processo a enorme procura dos rappers por leituras que ajudassem no entendimento dos problemas que vivenciavam. Livros como ‘Negras Raízes’ (Alex Haley), ‘Escrevo o que eu Quero’ (Steve Byko), biografias de Martin Luther King e Malcolm X, a especificidade do racismo brasileiro, especialmente discutida por Joel Rufino e Clóvis Moura, bem como lutas políticas da população negra, passaram a integrar a bibliografia dos rappers.”


A influência de grupos norte-americanos como NWA e Public Enemy, filmes de Spike Lee como Faça a Coisa Certa e Malcom X ajudava os rappers brasileiros neste processo também. Isto em São Paulo, Brasília, Recife e Porto Alegre.
Por outro lado, no Rio de Janeiro, berço dos gigantescos bailes blacks de soul na década de 1970, o Miami bass acabou por dominar o RAP carioca, com suas batidas quebradas e versos curtos, usualmente com conotações sexuais. Alguns miamis cariocas possuem letras que refletem sobre a pobreza, enquanto outras exaltam a vida bandida dos soldados e traficantes dos morros e suas respectivas organizações. Erroneamente chamado de funk carioca o Miami bass do Rio de música marginal virou produto da mídia, invadindo as boates da elite carioca. Posteriormente alguns rappers, como MV Bill, desenvolveram também o RAP consciente no Rio de Janeiro.

Por volta de 1995, alguns grupos de RAP destacavam-se no cenário nacional: Racionais MC´s da zona sul de São Paulo, com letras sobre a condição do negro no Brasil e o crime na favela; o MRN (Movimento e Ritmo Negro), também de São Paulo, com versos sobre o cotidiano da vida na periferia, seus problemas, seus personagens e situações; o DMN (Defensores do Movimento Negro), grupo paulista fortemente politizado com letras de autovalorização negra; GOG de Brasília, mostrando que é possível fazer uma grande reflexão sobre a realidade através do RAP; Faces do Subúrbio de Recife, que misturavam RAP com guitarras e embolada, Sistema Negro de Campinas; Potencial 3; e continuando suas carreiras, Thaide e DJ Hum.

É na década de 1990 que o RAP de improviso ou freestyle como a desenvolver com toda força no Brasil com a formação da Academia Brasileira de Rimas. Tivemos a oportunidade acompanhar algumas batalhas de improviso entre MCs, as rimas vão sendo feitas na hora, sobre algum assunto presente no ambiente, ou sobre qualquer coisa, os poetas rimadores como o repente nordestino.No Brasil há vários Freestyle atuais como Mc Marechal, Emicida, Gil, Aori, entre outros.

Em termos musicais os rappers brasileiros são bastante influenciados por artistas de outros estilos como Jorge Ben, Tim Maia, Gerson King Combo, Marvin Gaye, Curtis Mayfield, James Brown, além da forte influência da “malandragem consciente” do samba de morro de Bezerra da Silva, Dicró, Moreira da Silva, Leci Brandão e Originais do Samba. Com o surgimento de grupos americanos como o Wu Tang Clan, com rimas bem construídas e bases sonoramente revolucionárias, o RAP no Brasil sofre esta influência, surgindo grupos como SNJ ( Somos Nós a Justiça).

Bibliografia;

Silva : “ Arte e educação : A Experiência do Movimento Hip Hop Paulistano”

Andrade, Eliane: “ Rap e Educação, Rap é Educaçâo”

http://blacksound.com.br/?p=18

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip_hop

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Samba.

Aos alunos das Turmas 2004, 2007, 2008 e 2009.
Vejam estes vídeos da música "Homenagem ao Malandro" - Chico Buarque e façam seus comentários.
O 1º é o próprio autor que canta.
O 2º é uma versão cantada por Adryana e a Rapaziada.
http://www.youtube.com/watch?v=veeisMvPJm8

http://www.youtube.com/watch?v=yahHLOgKiKo

Profª Marísia

terça-feira, 4 de maio de 2010

Este Blog é destinado aos alunos do Colégio Estadual Dom Hélder Câmara.